FOTOGRAFIA DE RUA É JAZZ!

FOTOGRAFIA DE RUA É JAZZ!

Fotografia de rua, a arte do improviso na criação de imagens únicas pode ser comparada ao Jazz.

Fotografia de rua é jazz!
Fotografia de rua é BEBOP… 
Fotografia de rua é uma arte do improviso … 
Fotografia de rua é um passo no escuro… 
Fotografia de rua é crer que vai dar bom mesmo sem pistas disso… 
Fotografia de rua é esperar o imprevisto…

Sair na rua com uma câmera fotográfica nas mãos e zero ideias preconcebidas na cabeça é a rotina de um Fotógrafo de Rua. Não fazer um roteiro e nem saber exatamente pra onde ir ao começar a caminhar é como dar um passo no escuro, no desconhecido, e essa é a melhor parte do caminho. Improvisar, criar a esmo, sem pauta e nem regras… só a visão aguçada e a nítida necessidade de acompanhar o fluxo vivo da cidade em suas esquinas e ruas.

Toda a preparação que você precisa ter ao fazer Fotografia de Rua é ter certeza de que seu cérebro e sua câmera estarão prontas para responder quando aquela imagem única se formar na sua frente, como se fosse mágica. Saber que ao apertar aquele botão do obturador você está coletando aquele fragmento de vida exterior pra dentro da sua coleção infinita de poesia cotidiana. Para dentro daquele universo que só você foi capaz de enxergar e captar. Não é sobre ser egoísta e roubar aqueles momentos apenas para si. É também ser capaz de compartilhar esses fragmentos com quem não pôde enxergar aquele universo de possibilidades que habita a sua cabecinha compulsiva em recortar as realidades e criar uma colcha de cenas únicas, belas e banais de cotidiano organizadas em séries de retângulos encantados por seu olhar ágil. Afinal, todo artista quer estar aonde o povo está.

Improvisar em cada passo que você dá em direção aquela coleção de compassos criados a partir do silêncio que ouvimos quando uma pessoa atravessa uma rua ou interrompe o seu caminhar para acender um cigarro, ajeitar o sapato, sorrir ao receber uma mensagem ou ao ler uma placa posta nas fachadas de um pequeno comércio. Cada encontro é um aperto no botão que pode criar as notas e harmonias desconexas que só a sua visão de mundo, sua cultura e seu caráter são capazes de coletar.

Quando Charlie Parker, Miles Davis, John Coltrane ou Dizzie Gillespie espreitavam os acordes e notas em sequência nos compassos marcados pela bateria, eles percebiam como construir com sua forma única de preencher aqueles espaços entre os blocos sonoros com notas em cada brecha aberta pelos seus parceiros de grupo. Cada frase era preenchida por uma ideia ao acaso que significava uma série melódica aparentemente livre de uma explicação teórica para existir ali sobre aquela harmonia muitas vezes simples e direta. Improvisar é criar um mundo sobre pequenos universos de possibilidades. É aquilo que acontece quando um albino Hermeto se debruça sobre uma cama de acordes vibrando no ar ou quando uma Vivian Maier observava um pequeno grupo de pessoas circulando presas em suas preocupações mais mundanas…a mágica do improviso…JAZZ!

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